sexta-feira, 22 de maio de 2009

O Modelo Cognitivo da Depressão


Na década de 60 , Albert Ellis e Aaron Beck chegaram à importante conclusão de que a depressão resulta de pensamentos extremamente arraigados e descreveram os conceitos fundamentais da TCC. Beck observou que humor e comportamentos negativos eram usualmente resultados de pensamentos e crenças distorcidas. Em outras palavras, a depressão podia ser compreendida como sendo decorrente das próprias cognições e esquemas cognitivos disfuncionais. Os pacientes com depressão acreditam e agem como se as coisas estivessem piores do que realmente são.

Aplicação da terapia cognitiva

A TC da depressão é um processo de tratamento que ajuda os pacientes a modificarem crenças e comportamentos que produzem certos estados de humor. As estratégias terapêuticas da abordagem cognitivo-comportamental da depressão envolvem trabalhar três fases:
1) foco nos pensamentos automáticos e esquemas depressogênicos;
2) foco no estilo da pessoa relacionar-se com outros; e
3) mudança de comportamentos a fim de obter melhor enfrentamento da situação problema.
Uma das vantagens da TC é o caráter de participação ativa do paciente no tratamento, de modo que ele (ou ela) é auxiliado a: a) identificar suas percepções distorcidas; b) reconhecer os pensamentos negativos e buscar pensamentos alternativos que reflitam a realidade mais de perto; c) encontrar as evidências que sustentam os pensamentos negativos e os alternativos; e d) gerar pensamentos mais acurados e dignos de crédito associados a determinadas situações em um processo chamado reestruturação cognitiva.

(REFERÊNCIA :Vania Bitencourt PowellI; Neander AbreuII; Irismar Reis de OliveiraIII; Donna SudakIV - Rev. Bras. Psiquiatr. vol.30 suppl.2 São Paulo Oct. 2008)